Eclesiastes 4:11
"Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.
Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações"
1 Pedro 4:8-9
"Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram juntar-se em grupos, pois assim podiam se agasalhar e se proteger naturalmente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornavam a se afastar uns dos outros. Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: desapareciam da face da terra ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E sobreviveram"
Você já fez algum trabalho em grupo? Ou trabalharam em algum projeto em parceria com outras pessoas, ou até mesmo fazer planos com pessoas que discordam periódicamente de você? Já tentou se aquecer entranhado nos espinhos da outra pessoa?
Quando vivemos em comunidade por um tempo começamos a enxergar os defeitos uns dos outros (gostemos disso ou não). Alguns desses espinhos parecem nos atravessar de tão grandes que são (ou melhor, imaginamos que sejam). Alguns parecem ter tantos espinhos que mal conseguimos ver a pessoa, outros parecem mais atraentes com seus espinhos escondidos e censurados, penteados e remodelados com seus cremes-para-espinhos. Mas existe um tipo de pessoa que não encontramos em lugar algum: Os sem-espinhos.
Não encontramos este grupo de pessoas nas nossas igrejas, nas nossas casas, nos nossos locais de trabalhos, em nossas escolas, em [...] lugar algum. Porque essas pessoas não existem! Todos nós temos os espinhos! Ponha a mão em você mesmo e sinta os seus espinhos! Veja seu egoísmo, sua avareza, sua ira, sua idolatria, suas paixões, sua preguiça, seu orgulho. Olhe como você precisa ser aquecido! Olhe como as pessoas tentam aquecer você e se aquecer de você, desviando de seus espinhos. Às vezes passando dentre eles e estendendo as mãos sobre você. Olhe como Deus abraça você se jogando sobre eles.
Veja as feridas que os espinhos causaram em você e lembre de como você só queria um pouco de calor, um pouco de comunhão. Então veja as feridas do próximo e entenda que ela não é tão diferente assim de você, ela também só queria um pouco de calor. Lembre-se que os espinhos são inevitáveis, mas ainda assim podemos sobreviver ao frio que não cessa. Ainda podemos aprender a conviver com os espinhos dos outros. Ou melhor, devemos aprender a viver assim. Quando um espinho nos ferir, não nos separemos. Mas que possamos achar uma melhor posição, onde nossos espinhos fiquem encaixados uns nos outros, nos adaptando, nos aceitando.
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