sábado, 31 de março de 2012

Perdão homicida

   
O perdão, o grande, aquele que tanto falamos e conhecemos. O perdão de Deus, a salvação, teve um preço. Uma morte.
Lembro da estória de um certo suicida. O homem subiu até o terraço de um prédio e começou a pensar em todos os seus problemas e, sentindo-se encurrlado e sem saída,  pulou. Quando, este, estava no ar e sentia o vento passar por todo o seu corpo, entrando pelas suas roupas e despenteando seus cabelos; ele percebeu a realidade. Percebeu que havia solução para todos os seus problemas, menos pelo fato de que já tinha pulado.
Você precisa/quer perdoar alguém? Eu tenho uma alternativa: Mate a pessoa. Não digo "matar" no sentido homicida da palavra, que você precisa disparar à queima roupa entre os olhos da suposta vítima. Matar, não no sentido que Jesus citou no sermão do monte: "irar-se contra o próximo". Mas mate-a na imaginação.
Imagine que você está no funeral desta pessoa. Ela está dentro de um caixão com as duas mãos no peito, e sobre ela, muitas flores. E então, você começa a lembrar de todas as coisas boas que viveram juntos, e começa a lembrar de todas as coisas que ainda esperava passar com ela (você não havia pensado nestas coisas até este momento, não é mesmo?). E agora, em frente ao corpo desabitado, você percebe (assim como o suicida arrependido), que havia solução para todos os problemas. Toda a ofensa poderia ter sido perdoada, as coisas poderiam ter voltado a ser como eram, menos o fato de que foi tarde demais ter percebido nisso. E então, você percebe que aquela ira que não permitia perdoar (aquela ira que, nas palavras de Jesus, torna-o um assassino) eram falsas, temporários e deveria ter sido descartada. Agora, de frente com a pessoa que você assassinou na sua imaginação, você descobre que tudo o que queria era ter perdoado-a o quanto antes.
Sorte a sua, que todas estas coisas aconteceram somente na sua imaginação. E agora você sabe que ainda não é tarde demais para perdoar.   

sexta-feira, 30 de março de 2012

Vencendo a dificuldade de perdoar

Versículo chave:
"Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete." 
Mateus 18:21-22

Em Mateus 18:23-35, Jesus contou uma parábola sobre um servo que devia uma quantia enorme ao seu rei. Ele era incapaz de pagar a dívida e implorou ao rei por compaixão. O rei perdoou-o por sua enorme dívida, mas este servo prontamente saiu e encontrou um dos seus companheiros servos que devia a ele uma quantia relativamente pequena e exigiu pagamento, agarrando-o pelo pescoço. Ainda que o companheiro de servidão implorasse por compaixão, o credor entregou-o à prisão. Quando o rei foi informado dos atos de seu servo incompassivo, irou-se e reprovou este servo, entregando-o aos torturadores até que ele pagasse totalmente sua dívida. É claro que estamos representados na parábola pelo servo que tinha uma dívida enorme.
Não há comparação entre as ofensas que temos cometido contra Deus e aquelas que têm sido cometidas contra nós. Jesus observou que, justo como no caso do servo não misericordioso, o Pai não nos perdoará por nossas infrações se não perdoarmos nossos irmãos: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mateus 5:7). 
É muito díficil perdoar... sim, entendemos isso. Se temos uma relação de amizade e confiança com qualquer pessoa, maior é a dificuldade que enfrentamos para perdoá-la, talvez por não esperarmos tal atitude. Mas, aconteceu! E aí vem a mágoa e ingratidão. E agora, o que fazer?
Mágoa, rancor, ódio, machucam e faz adoecer qualquer coração, ainda que o mesmo seja cheio de amor. É necessário um tratamento urgente, para que não permaneça enfermo. Como reagir? Como perdoar? Existe um remédio:  Conhecer a palavra de Deus e seguir os ensinamentos de Jesus derruba as barreiras de um coração dolorido: 
"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6:14-15). 

Nestas palavras está o segredo e a motivação de um coração perdoador. A pessoa que te machucou, ofendeu ou humilhou, pode não querer seu perdão, mas, você quer e PRECISA perdoá-la. Se não tivermos a atitude de resolvermos o problema que está pendente com o nosso próximo, Deus também não poderá nos perdoar.
Tenha em mente que mesmo com muitas dificuldades, somos convidados a perdoar quantas vezes for necessário. Perdoar e voltar a admirar. Perdoar e voltar a olhar nos olhos. Perdoar e caminhar junto. Perdoar por entender que da mesma forma como fomos perdoados, precisamos perdoar. E que da mesma forma que alguém que nos ofendeu precisa de nosso perdão, precisamos loucamente do perdão de Deus.
O perdão deve ser a habilidade de começar tantas vezes quanto forem necessárias. Sete, setenta vezes seta, o quanto for preciso...

Perdoar é pagar a divida do outro e aceitá-lo, sem exigir que ele se arrependa e mude de comportamento. Foi o que Jesus fez por nós, na cruz. Não exigiu mudança de comportamento. Pagou a nossa divida com o pai, sem que houvesse qualquer sinal de arrependimento da nossa parte.
Será que você tem dificuldade de perdoar? Aqui vão alguns exercícios práticos para este dia:
1.Verifique em oração diante de Deus se existe alguém cujo perdão você tem retido. 
2. Se você identificar pessoas ou situações, peça a Deus que lhe dê coragem e estratégias vindas da parte Dele para resolver a situação. 
3. Dirija-se a esta pessoa ou pessoas na primeira oportunidade e peça-lhe perdão. Se estiver longe lhe escreva uma carta, e-mail ou use o telefone. Lembre-se: “Não é um simples pedido de desculpas. É pedir perdão de coração”.  Não é hora de fazer discursos. Não é hora de aproveitar da situação para achar erros na pessoa em questão. É hora de resolver os problemas com seu pedido de perdão. 
4. Ore junto com esta pessoa. Agradeça a Deus por estarem tentando se entenderem novamente diante de Deus. 

Jesus nos deu seu grande exemplo na cruz. Ele olhou para todos nós, que constantemente o negamos, o humilhamos e rejeitamos a vontade Dele e disse: eu sei que vocês irão fazer tudo isso, mas eu amo vocês, os perdoo e vou salvá-los. Quando for difícil perdoar, não vamos listar todas as vezes que o outro nos fez sofrer. Em vez disso, vamos listar todas as vezes que recebemos a graça do Pai, e orar para que possamos cada vez mais, nos assemelhar a Ele.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Eu Fui Sincero

Versículo chave:

"Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe."

Lucas 17:3 

Perdoar e Esquecer
Texto produzido no ano de 1700 

Perdoar e esquecer equivale a jogar pela janela experiências adquiridas com muito custo. Se uma pessoa com quem temos ligação ou convívio nos faz algo de desagradável ou irritante, temos apenas de nos perguntar se ela nos é ou não valiosa o suficiente para aceitarmos que repita segunda vez e com frequência semelhante tratamento, e até de maneira mais grave. Em caso afirmativo, não há muito a dizer, porque falar ajuda pouco. Temos, portanto, de deixar passar essa ofensa, com ou sem reprimenda; todavia, devemos saber que agindo assim estaremos a expor-nos à sua repetição. Em caso negativo, temos de romper de modo imediato e definitivo com o valioso amigo ou, se for um servente, dispensá-lo. 
Pois, quando a situação se repetir, será inevitável que ele faça exatamente a mesma coisa, ou algo inteiramente análogo, apesar de, nesse momento, nos assegurar o contrário de modo profundo e sincero. Pode-se esquecer tudo, tudo, menos a si mesmo, menos o próprio ser, pois o carácter é absolutamente incorrigível e todas as ações humanas brotam de um princípio íntimo, em virtude do qual, o homem, em circunstâncias iguais, tem sempre de fazer o mesmo, e não o que é diferente. (...) Por conseguinte, reconciliarmo-nos com o amigo com quem rompemos relações é uma fraqueza pela qual se expiará quando, na primeira oportunidade, ele fizer exatamente a mesma coisa que produziu a ruptura, até com mais ousadia, munido da consciência secreta da sua imprescindibilidade.

Como podemos ver o problema PERDÃO não é novidade, a questão (perdoar x esquecer) não é fácil de ser tratada pois não depende apenas de uma palavra - Eu perdoo- e sim de atividades sucessivas e incomodas no dia a dia. É nessas horas que o socorro vem do alto, estar ao lado de Deus nos ajuda muito nesse caso, lembrarmos da Misericórdia infinita de Deus que se renova a cada manhã. Jesus ensinou uma oração: "E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (Mateus 6:12).
As vezes pensamos que certas pessoas não merecem o nosso perdão, mas esquecemos que um dia Jesus morreu na cruz por nós, pelos nossos pecados,e eles foram pregados na Cruz com ele. As vezes o que nos falta e olharmos pra dentro de nos mesmos e avaliar se você merecia o que Jesus fez na Cruz. Perdoar é esquecer, não guardar rancor algum,sabemos que não é fácil mas com a graça de Deus e se perseverarmos nessa ideia e fixarmos ao nosso cotidiano, começamos a valorizar o que Jesus um dia fez por nós,e o que ainda irá fazer.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Sim, Ele te ama mesmo assim

Versículo chave:
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”
Romanos 5:8-9

Leitura Bíblica
Romanos 8

Por que uma mãe ama seu filho recém-nascido? Porque o bebê é dela? Muito mais do que isto. Porque o bebê É ela. Sua carne, seu sangue, sua esperança, seu legado. Não importa que aquela criança nada possa lhe dar. Ela sabe o quanto aquele ser é frágil e indefeso.
Deus sabe que não pedimos para nascer neste mundo. Somos ideia sua. Somos dEle. Sua face, Seus olhos, Suas mãos, Seu toque. Nós “somos Ele”. Olhe profundamente nos rostos à sua volta, você sempre verá alguma semelhança. Embora alguns pareçam parentes distantes, não o são. Deus não fez primos; somente filhos seus.
Somos, por mais incrível que isso pareça, o corpo de Cristo. E embora possamos agir de maneira diferente de nosso Pai, não existe verdade maior do que esta: somos dEle. Inalteravelmente, Ele nos ama. Imortalmente. Nada pode nos separar do amor de Cristo: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8: 38-39).
Se Deus não tivesse dito estas palavras, eu estaria sendo muito tolo em escrevê-las aqui. Mas como Ele disse, nós seremos muito tolos se não acreditarmos. Nada pode nos separar do amor de Cristo. Nenhum pecado. Mas como é difícil para alguns, aceitar esta verdade...
De repente, você se pega pensando que cometeu um ato que o deixou fora desse amor. Uma traição, uma deslealdade. Uma promessa não cumprida. Você acha que Deus o amaria mais se não houvesse feito aquilo, não? Você acha que se fosse uma pessoa melhor, o amor dEle por você seria mais profundo?
Errado. Errado. Errado.
O amor de Deus não é humano. Seu amor não é “normal”. Seu amor vê o seu pecado e ainda assim te chama de filho querido..
Será então que Ele aprova seus erros? Certamente não. Mas você se arrepende para o bem dEle ou para seu próprio bem? Para seu próprio bem, é claro. Deus não necessita de suas desculpas... afinal, o amor dEle por você é sem justificativas, não é vaidoso, é completamente perfeito. Seu arrependimento sincero é certeza do perdão dEle.
Pense nisso, leia o capítulo da Leitura Bíblica de hoje e verá que Deus não podia amá-lo mais do que ama neste momento. Seu amor por você já é maior do que tudo que é possível e maior que o impossível, é infinito.
Da próxima vez em que carregar um fardo de culpa e mesmo tendo se arrependido ainda se sentir longe de Deus, acalme-se. Deus está lá, quer que você se aproxime, que conviva com Ele, sempre. Apenas agradeça por ser aceito por Ele, aceitação esta, baseada na obra consumada de Cristo, não em qualquer mérito ou demérito que você possa ter.


Adaptado de: Ouvindo Deus na Tormenta - Max Lucado

terça-feira, 27 de março de 2012

Vos perdoou,assim...perdoai.

Colossenses 3:13Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós."



Como a vida de Cristo em nós é expressa na prática? Da maneira como os cristãos se relacionam uns com os outros, ao demonstrarem misericórdia, bondade, humildade e a mesma disposição de Jesus para perdoar, revelando Deus em seu próprio modo de vida. Verdadeiramente, a igreja, como corpo de Cristo é uma encarnação contínua do Senhor a quem estamos intimamente ligados.

Jesus, uma vez, falou sobre a parábola de um credor incompassivo:

O Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, levaram a ele um que devia dez mil talentos. Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: 'Dá-me um prazo. E eu te pagarei tudo'. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado, e lhe perdoou a dívida. Ao sair daí, esse empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Pague logo o que me deve'. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dê-me um prazo, e eu pagarei a você'. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: 'Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?' O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que fará com vocês o meu Pai que está no céu, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão. (Mateus, 18, 23 a 35).

Hoje a grande maioria dos filmes, novelas, seriados e até mesmo desenhos animados direcionados a crianças, têm como tema central a vingança, na maioria de um mal ou de alguma ofensa a algum parente próximo; é a mensagem satânica que despercebidamente é infiltrada na mente dos telespectadores desavisados. ( Como essa nova novela “ Avenida Brasil”).Nesta parábola que, na maioria das vezes denominamos "Parábola do credor incompassivo", nada mais quer nos dizer senão que da mesma forma que fomos perdoados, devemos perdoar, é plantando que se colhe e colhe-se de acordo com o plantado, esta é a lei espiritual.

Numa expressão monetária moderna, o primeiro servo devia algo em torno dos 34 milhões de reais. Uma dívida realmente impagável. É difícil perdoar, mas temos que lembrar o quanto Deus nos perdoou. Uma vez, Pedro questionou Jesus sobre quantas vezes devemos perdoar Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" Jesus respondeu: "Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. (Mateus, 18, 21-22). O número sete e seus múltiplos representam um número indeterminado. Quando se trata de perdoar não há número, contagem ou peso. O Senhor quer mostrar a Pedro que o perdão não deve estar restrito a números, mas a ações que valham mais do que os números.

Uma aplicação básica que o texto diz que: "Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas". Ao perdoar alguém, devemos fazê-lo com amor, de coração, pois o perdão nos assemelha ao caráter de Deus (Ef 4.32). Também vemos nesta parábola que "o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo" (Tg 2.13).
A compaixão de Deus não é conquistada pelo perdão, mas é impensável conceber que os que foram perdoados deixem de fazê-lo. Somente o ímpio que não será perdoado, é que age dessa maneira.

Não vivemos em um "mar de rosas". A fé cristã não nos garante uma vida sem problemas. Isto inclui mágoas e tristezas que temos quando somos ofendidos ou desprezados por pessoas que estão perto de nós. Mesmo dentro da igreja muitas vezes há problemas deste tipo. O pecado ainda está dentro de cada um de nós e se manifesta de muitas maneiras. Ao sermos ofendidos, nosso velho homem manifesta a tendência de revidar. O Salvador Jesus, porém, nos leva em outra direção. Pelo poder do Espírito Santo, que veio a nós em nossa, somos movidos a viver sob o perdão de Deus e agindo em perdão para com o nosso próximo. No texto de hoje, queremos aprender com o Senhor, a importância de exercitar abundantemente o perdão na nossa convivência, muito especialmente entre os irmãos na fé.

segunda-feira, 26 de março de 2012

O perdão de Deus

Leitura biblica: Efésios 2:1-9


Versículo chave: "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados" - Efésios 2:1


Alguém aqui lembra de quando Deus, em um momento decisivo de sua vida, olhou diretamente nos seus olhos e disse: "Venha caminhar sob meus cuidados, meu filho"? Não estamos falando da forte emoção que toma conta de nossos peitos, das lágrimas da redenção que correm em nosso rosto, nem do gracioso chamado em que somos acolhidos. Falamos, não das descrições físicas ou emocionais que nos encontrávamos quando achegamo-nos a Deus em quebrantamento; mas, sim, de nossa condição espiritual quando fomos feitos filhos de Deus. Não andávamos, nós, segundo os desejos da carne e dos pensamentos? Não éramos, nós, filhos da ira por natureza? (Ef 2:3)
Foram nestas condições que fomos achados em Cristo, em nossas ofensas e pecados (Ef 2:1). De uma forma lógica e natural (pelo menos para a nossa visão humana) nossos pecados jamais deveriam ter sido perdoados, isto é, não merecíamos e jamais seríamos merecedores do perdão. Não há dinheiro no mundo, nem bondade (ou caridade) que pague a dívida dos nossos pecados. Com efeito, o perdão e a salvação não provém de nossos atos, é dom de Deus.

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie"  Efésios 2:8-9 

O perdão, portanto, não possui nenhuma ligação com nossas falhas ou os erros alheios. Não importa o tamanho de nossos pecados, não importa o tamanho da ferida que está em nossos corações, o verdadeiro perdão sempre será maior do que estas coisas. Ele deve ser incondicional, independente das circunstâncias. Esse é o perdão de Deus, Ele não faz uma avaliação espiritual em nós para saber se merecemos o perdão. Deus simplesmente nos perdoa, dia após dia. Pela graça.    
 

terça-feira, 20 de março de 2012

Alegre na esperança

     Como anda a sua esperança? Você é daqueles que ainda espera a ação de Deus na sua vida ou já nem se importa mais: “deixa como está pra ver como é que fica”. Uma das maiores características da juventude é o sonho. Ou seja: a esperança que ele nutre de ver realizado os seus desejos, como: namoro, profissão, estudos, finanças, carros, casas, etc... Contudo, a vida nem sempre corresponde às nossas expectativas, e, muitas vezes os nossos sonhos são frustrados pelo caminho. Para a realização dos sonhos, muitas etapas têm que ser vencidas;não é tão fácil de se realizar um sonho como se parece. O que fazer para não perdermos a esperança?
Salmos 33:20-22 20- Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo. 21- Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos no Seu Santo Nome. 22- Seja sobre nós, Senhor, a tua misericórdia, como de Ti esperamos.

Entregando a alma nas mãos do Senhor: (V.20)
           Um outro Salmo diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e, o mais, Ele fará.” (Sl.37:5)
          Entregar a alma nas mãos de Deus é o mesmo que entregar tudo o que temos e somos nas mãos do Senhor. É entregar os nossos sonhos, planos, o nosso namoro, nossos estudos, enfim tudo o que esperamos nas mãos do Senhor O salmista diz que a sua alma está esperando no Senhor, que é o seu auxílio e escudo, ou seja: Deus ajuda nas dificuldades e defende nas adversidades! O primeiro passo para que consigamos esperar no Senhor é entregarmos a nossa alma nas suas mãos.
Alegrando-se durante a espera e Confiando na ação de Deus (V.21)
         Tem muita gente que, quando se entrega nas mãos de Deus, faz isso como se estivesse indo para um campo de concentração alemão. Parece que Deus é um tirano sovina que está pronto para dar uns corretivos quando erramos. Este pensamento está totalmente equivocado! Quando estamos nas mãos do Senhor devemos estar totalmente tomados da “Alegria do Senhor” no coração, afinal é nas mãos de Deus que estamos. Ser cristão é fazer parte do povo mais feliz da terra. Com relação a confiança, falamos que Lhe entregamos nossas vidas, mas na verdade continuamos cheios dos nossos cuidados terreais. Para que sejamos “alegres na esperança” precisamos confiar piamente na ação de Deus. Sem confiança não há alegria. É como um casamento: se não houver confiança entre os dois, nunca haverá alegria plena na vida do casal. O salmo que lemos diz que: “Confiamos no Santo Nome do Senhor” (V.21b); A verdadeira confiança no Senhor nos traz segurança e fortalece a nossa esperança, pois sabemos que independente do que nos espera, será o melhor.

Aguardando pela misericórdia Divina: (V.22)

          Geralmente temos a sensação que o relógio de Deus não é afinado com o nosso. Os dois não marcam o mesmo tempo, e esperar, se torna uma tarefa muito difícil. Vivemos na geração do “aqui e agora”. Queremos queimar o maior número de fases possíveis para chegarmos no objetivo final. É como se a gente sempre quisesse o elevador em vez da escada da vida. O salmista diz: “Seja sobre nós, Senhor, a tua misericórdia, como de Ti esperamos.” (V.22. Aguardar pela misericórdia do Senhor é saber que Deus, no melhor tempo, dará a melhor resposta, ou atenderá da melhor forma os nossos pedidos. Muitas vezes é diferente do que pedimos, mas sempre é melhor do que pedimos. A espera é uma escola que nos ensina a refletir e a crescer. Se não tivéssemos que esperar para nada, a vida seria muito chata e perderia muito do seu sentido. Esta última etapa, este último passo para manter a nossa esperança é também um passo de fé, pois se esperamos, é porque cremos que receberemos. Aguardar a misericórdia do Senhor é declarar que Deus tem o melhor para nós e que nós esperaremos por este melhor quanto tempo for necessário.

    Sabemos que na vida, existem várias situações que nos fazem perder a esperança; em casa, na escola, com os pais, amizades,projetos futuros, enfim, as coisas que te cercam já não são motivos para te animar a esperar em Deus. Porém Deus ainda tem o melhor guardado pra nós. O primeiro milagre de Jesus narrado na Bíblia nos mostra que Ele sempre tem o melhor reservado para o nosso fim. O apóstolo Paulo afirma que: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1Co.2:9) Você precisa se entregar, se alegrar, confiar e esperar no Senhor; é só Ele que pode transformar a sua tristeza em uma esperança alegre e confiante. Que você possa abrir o seu coração por estes dias e permitir que Deus aja em você, assim você será verdadeiramente “Alegre na Esperança”.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Deus cuida de nossas ansiedades

Leitura bíblica: Mateus 6:25-34


Versículo chave: "Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal" - Mateus 6:34


Jesus, na passagem bíblica do post de hoje, nos dá diversos argumentos para que entendamos que Deus cuida de nós. Ele diz para não andarmos ansiosos em relação ao que se há de comer fazendo-nos uma comparação com as aves (Mateus 6:26), para não nos preocuparmos com as nossas vestes fazendo-nos, também, uma comparação com as flores do campo (Mateus 6:28-30). Mas não interpretemos que Jesus estava nos dizendo que essas coisas não sejam importantes e que não devemos buscar estas coisas, a sua intenção não é nos levar a uma indolência e nos livrar de uma responsabilidade social, muito menos, nos levar a um extremismo do desapego material; ele estava nos dizendo que essas coisas não devem ser as MAIS importantes. Ele disse "busquem em primeiro lugar o Reino de Deus" e não "busquem somente o Reino de Deus" Jesus queria, por tanto, nos levar a uma mudança no foco de nossas preocupações: "Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas" (Mateus 6:33)
Por quê? Porque andar ansioso é perigoso! A ansiedade nos desgasta, ela é extremamente exaustiva e nos impede de desfrutarmos a paz que Deus nos reservou, porque a ansiedade nos leva a nos preocuparmos com as coisas mais do que realmente precisamos, e antes do tempo que realmente precisamos nos preocupar (Basta a cada dia o seu próprio mal - Mateus 6:34) E mais, a ansiedade está diretamente relacionada com as prioridades do coração. A questão não é o que mais preocupa, mas o que mais importa. A ansiedade tira o foco das coisas realmente importantes e de uma vida centrada em Deus. 

"A ansiedade é o resultado natural de centralizarmos nossas esperanças em qualquer coisa menor do que Deus e sua vontade para nós" Billy Graham 

Juntemos as peças e veremos como é nocivo que nosso tempo e atenção fique focado em coisas desnecessárias, e mais, que nossas energias sejam sugadas por coisas que não precisam de grandes esforços.
A ansiedade pode ser vista tanto como uma demonstração da falta de nossa fé, como um erro no nosso foco. Demos, portanto, graças a Deus, por nos deixar a solução para ambos os casos: Deus cuida de nós, por isso, se nos preocuparmos, que seja pelo Reino de Deus. 
 

quinta-feira, 15 de março de 2012

A tábua do meu Coração

Guarda-te que não te esqueças do SENHOR teu Deus, deixando de guardar os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus estatutos que hoje te ordeno; Deuteronômio 8:11


Saber ou não saber um vesciculo da biblia, que difenreça faz?


A questão de saber a biblia inteira decorada ou apenas um versiculo não faz diferença se isso não serve pra sua vida ou pra evangelizar as outras pessoas.
O crente tem a Bíblia como o seu manual de fé e prática. Ela é o livro da revelação de Deus ao homem visando conduzí-lo ao pleno conhecimento de Suas verdades imutáveis e levá-lo ao patamar de “homem perfeito eperfeitamente habilitado para toda boa obra” - II Tm. 3:17. A Escritura nos trouxe luz nas trevas dissipando toda ignorância espiritual na qual vivíamos. A verdade imutável constante das Escrituras libertou-nos das amarras da idolatria e da ignorância religiosa. À medida que crescemos no conhecimento do conteúdo do Livro da revelação de Deus,nos enchemos d’Ele e nos tornamos aptos para o enfrentamento do mundo, do diabo e os instintos carnais que constantemente tentam levar-nos à derrota. A campanha deste mês é uma convocação a que todo crente valorize ainda mais a Palavra do Senhor, estudando-a e examinando-a a fim de internalizar os princípios e valores de Deus para vencer como cristão autêntico, essa terrível avalanche de relativismo espiritual e moral que assola asociedade pós-moderna. Estamos convictos que, a não ser que a Palavra de Deus seja, uma vez mais, amplamente lida, estudada, respeitada e os seus ensinos obedecidos, restar-nos-á pouca esperança de termos uma Igreja forte no testemunho e que exerça uma influência transformadora na sociedade atual.


2- Oremos para que o Espírito do Senhor derrame sobre nós uma vivamento que nos faça ávidos pela Palavra e, dê à Igreja do século XXI a nobreza dos crentes bereanos que “examinavamas Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de fato” como Paulo estava pregando - At. 17.11.


Reflita por  2 minutos sobre a pergunta: E se a Bíblia desaparecesse? O que sobraria dela em nós? Em um mundo como esse seria difícil a castração da bíblia?


A palavra de Deus tem que estar gravada nos nossos corações, ela nos previne de erros, nos ajuda quando estamos abatidos e pode ser transmitida com mais facilidade, não estou dizendo pra você andar todo dia com a Bíblia no braço, mas com seus ensinamentos extravasado em sua fala e suas atitudes, se nos tornarmos reflexo de Deus nos tornaremos reflexo da sua palavra.


Filho meu, guarda as minhas palavras, e esconde dentro de ti os meus mandamentos.

Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos.
Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração 

Provérbios 7:1-3 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Mudança de caráter, um exercício

Versículo chave:
"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha" 
Mateus 7:24

O maior objetivo da vida cristã é nos revelar o caráter de Cristo. Diariamente, queremos nos tornar cada vez mais como Jesus Cristo, substituindo qualidades de caráter ruins pelas boas. Mas, antes de trabalharmos uma característica semelhante a Cristo em nossa vida, temos que ser capazes de reconhecê-la. Este estudo foi projetado para ajudá-lo a identificar qualidades de caráter positivas para, depois, entendê-las e aplicá-las a sua vida. Agindo assim, você poderá se tornar cada vez mais semelhante a Jesus Cristo.
O método da qualidade de caráter implica saber o que a Bíblia diz sobre determinada característica de uma pessoa, com forte ênfase na aplicação pessoal. Este método estuda as características de uma pessoa em vez da própria pessoa. Estas qualidades podem ser negativas ou positivas, ou ambas. O importante é que aprendamos a evitar as negativas e a trabalhar na formação das positivas.
Por que esse método é vital para nossa vida? O propósito desse método de estudo é identificar as qualidades de caráter ensinadas na Bíblia, aprendendo a evitar as características negativas e a trabalhar as positivas, de forma que nos tornemos mais semelhantes ao Senhor Jesus Cristo. E óbvio que enquanto não sabemos o que é qualidade de caráter, não conseguimos evitá-la ou desenvolvê-la. Por exemplo, se você quer ser manso, como a Bíblia o admoesta, terá que saber o que é mansidão para depois estudá-la.
Assim, o conhecimento da Bíblia é necessário. Sua leitura atenta! Além disso, dicionários bíblico e/ou um léxico e da língua portuguesa irão ajudar. Para desenvolver qualidades bíblicas positivas através do estudo da Palavra, siga estas sugestões:
Etapa um: Nomeie a qualidade 
Etapa dois: Nomeie a qualidade oposta
Etapa três: Faça um estudo simples da palavra, usando o dicionário.
Etapa quatro: Encontre referências cruzadas na própria Bíblia;
Etapa cinco: Faça um breve estudo biográfico, um personagem da Bíblia, ou uma situação na qual este caráter foi ressaltado;
Etapa seis: Encontre um versículo para memorização;
Etapa sete: Escolha uma situação ou um relacionamento para desenvolver esta qualidade;
Etapa oito: Elabore um projeto específico (que inclua um exemplo prático da aplicação em seu dia-a-dia) e comece a trabalhar na mudança de seu caráter.
Trabalhe em uma característica de cada vez. Não trabalhe em duas ou mais ao mesmo tempo, pois requer muito esforço e concentração para se descobrir como determinada característica se aplica em cada área de sua vida. É muito melhor estruturar uma característica do que trabalhar em várias que estejam frágeis. 
Não tenha pressa! Desenvolver o caráter leva tempo. Embora uma das etapas seja escrever uma ilustração depois de uma semana, você provavelmente vai querer trabalhar em uma característica por um tempo maior. Descobri por experiência própria que Deus trabalha durante meses (às vezes anos) em uma área da minha vida, antes que se torne parte da minha caminhada diária com ele. 
Permaneça nesta característica até que obtenha vitória nessa área específica. Não seja superficial, tentando trabalhar em muitas características, quando você precisa de vitória naquela área específica. Lembre-se de que é a qualidade da aplicação que precisa ser trabalhada. Aqui estão algumas sugestões de qualidades positivas que você pode começar a desenvolver o estudo: 
Mateus 5:3-12 — as bem-aventuranças.
Gálatas 5:2,23 — o fruto do Espírito.
Filipenses 4:4-9 — qualidades admiráveis.
2Pedro 1:5-8 — qualidades que devem ser desenvolvidas em nossa vida.
Esteja atento à manifestação de algum caráter negativo em sua vida, que nada mais é que um caráter positivo usado indevidamente. Perceba que o Senhor quer transformar seus pontos fracos em fortes. Se você é exigente, legalista e inflexível, pode ser que a qualidade da autodisciplina esteja sendo mal-usada. Essa disciplina precisa ser temperada com a compaixão e preocupação com os outros. 
Confie que o Espírito Santo forme estas características em sua vida. Em última análise, é o poder de Deus em nós que reproduz o fruto do Espírito na nossa vida. Somente Deus pode modificar o seu caráter. "Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele" (Fp 2:13). Então, deixe Deus fazer a obra e confie que o Espírito Santo esteja trabalhando em sua vida através das Escrituras.

Fonte: 12 maneiras de estudar a Bíblia - Rick Warren 

terça-feira, 13 de março de 2012

Meros Ouvintes ou Operosos Praticantes?

  Em Tg 1.22-25 encontramos uma exortação a nós dirigida no tocante à prática da fé Cristã. Ali, Tiago nos exorta quanto ao perigo do autoengano, quando somos apenas ouvintes da Palavra de Deus, porém, não a pomos em prática. Ele então nos diz: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (versículo 22) e depois, no versículo 25: “Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar”. Este ensinamento de Tiago encontra sua base no ensino que Cristo deu no sermão que ficou conhecido como “O Sermão do Monte”, e suscita a pergunta que é o tema dessa mensagem: “Meros ouvintes, ou operosos praticantes?”.
  O que de fato somos? É muito provável que tenhamos boas intenções em vir à Igreja, ouvirmos a mensagem, os ensinamentos. Podemos até alistar algumas boas intenções: encontrar paz para o nosso coração, descobrirmos qual é a vontade de Deus para nós, sermos vitoriosos sobre os nossos fracassos, etc. Todas essas prováveis intenções são louváveis, e faremos muito bem se as tivermos em nosso coração. Contudo, apenas termos boas intenções de nada adiantará se não estivermos dispostos a pôr em prática tudo quanto temos aprendido. Muitos crentes não crescem espiritualmente porque não passam de meros ouvintes, sem jamais chegarem a ser operosos praticantes. A Palavra de Deus é viva independente do homem aceitá-la ou não. Mas, tal homem só desfrutará das bênçãos decorrentes da Palavra de Deus se ele a praticar. Isso tudo dependerá dos métodos empregados e dos resultados obtidos.

   No que concerne à Palavra de Deus, os métodos que devemos empregar são ditados por ela mesma. É a nossa obediência completa ao que ela nos diz que determinará os métodos que utilizaremos. Não são os métodos que achamos mais eficientes, mas os métodos que Deus determina em Sua Palavra que devem ocupar nossa atenção e empenho. Assim como um construtor sensato escava até chegar à segurança de um solo rochoso, obedecendo assim completamente às leis da física e da construção civil, devemos nós também aprofundar nossas raízes em completa obediência ao que Deus determina em Sua Palavra. Não podemos agir “pelas metades” como  um construtor insensato, que resolveu fazer “do seu próprio jeito”, ignorando normas específicas ( Lucas 6:46-49). Muitos crentes têm boas intenções para com a Palavra de Deus, mas, não passam disso. Não põem em prática o que ela ordena. Tratam a Palavra de Deus como uma opção, enquanto deveriam tratá-la como norma, regra inquebrável, inflexível, inquestionável.

  Os resultados obtidos dos métodos empregados são diferentes. Aqueles que atentam ao que a Palavra de Deus diz e cuidam de praticá-la incondicionalmente (por mais absurda que pareça a ordem que a Bíblia dá), colherão resultados maravilhosos: segurança, estabilidade, proteção, paz de espírito, preservação da vida, enfim, todas as bênçãos decorrentes de um relacionamento profundo com Deus e prometidas por Ele em Sua Palavra. Ao passo que aqueles que até mostraram algum interesse e até se dispuseram a construir algo sobre a Palavra de Deus, mas que, em dado momento se contentaram com o que fizeram em vez de prosseguirem obedientes ao que Ela determina (à semelhança do construtor imprudente que se contentou com o alicerce parco e sem profundidade que ele lançou), sofrerão terríveis danos: angústia, perdas irreparáveis, sofrimento, culpa por não terem obedecido completamente, etc.

  As tribulações sobrevêm a todos. A forma como nos relacionamos com a Palavra de Deus é que determinará os resultados durante e após uma tribulação. É em sermos operosos praticantes da Palavra de Deus que obteremos a segurança deque tanto precisamos na hora da tribulação. Se você encontrar um irmão que passa por terrível tribulação, e, ainda assim ele permanece firme na presença de Deus e não se afasta dos Caminhos de Deus, pode estar certo de que ele é um operoso praticante da Palavra. Se você está desanimado e até está pensando em desistir de seguir na Caminhada Cristã, pode estar certo: você é apenas um mero ouvinte da Palavra, e praticamente em nada é diferente de Satanás que não passa de um profundo conhecedor da mesma, mas, jamais, um praticante.

Pastor Olivar Alves Pereira da Igreja Presbiteriana no Jardim Sul, em São José dos Campos, SP

segunda-feira, 12 de março de 2012

Estudar a Bíblia x Aplicar a Bíblia

Versículo chave
“Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas.”
Hebreus 2:1-4

John Milton, um grande poeta cristão, disse: "O fim de toda a aprendizagem é conhecer a Deus, e, mediante esse conhecimento, amá-lo e ser como ele é". Isso resume o que falaremos esta semana. Aplicar nosso conhecimento da Escritura — Conhecer a Deus, amá-lo e, então, ser como ele é.

Você pode ser uma enciclopédia bíblica ambulante, com a cabeça abarrotada de conhecimento bíblico, mas isso não lhe fará bem algum se diariamente você não aplicar na prática o que sabe na teoria. Se você estuda a Palavra de Deus e não a aplica na sua vida. O estudo da Bíblia sem aplicação pode ser perigoso, porque o conhecimento leva ao orgulho, ao inchamento de si mesmo. O apóstolo Paulo declarou: "O conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica" (l Co 8:1). A palavra grega traduzida por "traz orgulho" encerra em si a ideia de ser inflado com orgulho, o que, por sua vez, leva à arrogância. A Bíblia nos diz que o diabo conhece a Palavra intelectualmente (leia a tentação de Jesus em Mateus 4), e também sabemos que ele é inflado com orgulho e é arrogante. Quando você aplica a Palavra de Deus corretamente à sua vida, você não só edifica, como elimina o perigo de ser inflado com orgulho.

Para fugir da armadilha do orgulho, o que a pessoa sabe deve achar expressão no que ela faz. Tiago declarou: "Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos" (Tg 1:2). Os mandamentos de Deus não são opcionais. Ele não diz: "Por favor, não quer considerar fazer isto?". Ele ordena: "Faça!". E espera que obedeçamos.

No Sermão do Monte, Jesus comparou o discípulo obediente a um homem prudente: "Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica [põe em ação] é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha" (Mt 7:24). Quando as adversidades da vida vieram, a vida do homem prudente estava firme, ao passo que a vida do homem insensato — que não praticou o que sabia — caiu com grande estrondo (Mt 7:25-27). 
Davi era conhecido como homem segundo o coração de Deus, porque ele aplicava a Palavra à sua vida e praticava o que sabia. O salmista escreveu: "Refleti em meus caminhos e voltei os meus passos para os teus testemunhos. Eu me apressarei e não hesitarei em obedecer aos teus mandamentos" (Sl 119:59,60). 

Mas por que é tão difícil aplicar a Escritura na nossa vida? A princípio, parece que aplicar a Bíblia é bastante simples, mas na verdade é a parte mais difícil do estudo da Bíblia. A aplicação não ocorre por acaso. Temos de planejá-la ou nunca ocorrerá. Três razões que tornam tão difícil a aplicação da Escritura à nossa vida são: porque requer pensar, o diabo combate violentamente essa prática e nós por natureza resistimos a mudanças. 

1. A aplicação é trabalho árduo, porque requer pensamento sério: As vezes custa longo período de meditação (pensamento concentrado e fervoroso), antes que vejamos um meio de aplicar a verdade da Escritura que estudamos. Exige tempo e concentração que talvez estejamos hesitantes e relutantes em dar. 

2. A aplicação é trabalho árduo, porque Satanás combate violentamente essa prática: Os ataques mais fortes do diabo ocorrem no período devocional, quando você está tentando aplicar o que estudou. Satanás sabe que contanto que você se satisfaça em ter conhecimento mental da Palavra, você não é grande ameaça aos planos malignos. Mas assim que você se dispõe a fazer algumas mudanças em sua vida, ele lutará contra você com unhas e dentes. Ele deixará que você estude tudo o que desejar da Bíblia contanto que você não venha a se perguntar: "E agora, o que vou fazer com tudo o que aprendi?" 

3. A aplicação é trabalho árduo, porque por natureza resistimos a mudanças: É habitual não "sentirmos" vontade de mudar, que é o que a verdadeira aplicação requer. Vivemos pelos sentimentos e não pela vontade, porque nos contentamos em ficar do modo que estamos. Sabemos de cristãos que dizem que não têm vontade de estudar a Bíblia, não têm vontade de orar e não têm vontade de testemunhar. Sentir não tem nada a ver com viver a vida cristã, pois sentimentos vêm e vão. A chave para a maturidade espiritual é viver para Jesus Cristo, não porque nos sintamos bem, mas porque sabemos que é a coisa certa a fazer. Descobri que se eu só estudar a Bíblia, orar ou testemunhar quando sinto vontade, o diabo fará de tudo para nunca deixar que eu sinta vontade!

Você aplica a Palavra de Deus na sua vida, não porque neste dia ou semana em particular sinta vontade de fazê-lo, mas porque sabe que Deus espera que o faça. O estudo da Bíblia aplicada como ato da vontade leva à maturidade e é a base para a estabilidade na vida cristã. Reflita essa semana sobre sua disponibilidade e vontade em assumir esse compromisso consigo mesmo e tente aplicar em sua vida, todos os dias, um pouquinho do que aprender da sua leitura diária ou devocional, você verá que por mais árduo e difícil que seja o caminho, ele conduz a um lugar bem mais bonito.

Fonte: 12 maneiras de estudar a Bíblia - Rick Warren

sexta-feira, 9 de março de 2012

Jó, o Homem Justo, e a Estrela de Rock

Quando Jó perdeu seus dez filhos, mortos por um vendaval que os esmagou (como os furacões que devastam e destroem em nossos dias), ele rasgou seu manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou. E disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou;  bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1:21). Depois, quando ferido de tumores em todo o corpo, Jó disse à sua esposa que amaldiçoava a Deus: “Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2:10). Em ambos os casos, o autor do livro de Jó acrescenta que ele “não pecou” nestas afirmações ousadas a respeito da soberania de Deus sobre o vento, a enfermidade e Satanás (Jó 1:22; 2:10).
Neste sentido, quanto aos exemplos de serenidade, quais são as principais influências em nossos dias? Que mensagem está sendo transmitida, por nós e para nós, a respeito do governo de Deus sobre todas as coisas, o direito de dar e tomar que Ele tem como Criador e sua autoridade para governar o mundo? 
Em 1998, uma estrela de rock, filha de um pastor metodista da Carolina do Norte, sofreu aborto. À ideia de que este acontecimento doloroso estava na vontade de Deus, ela respondeu: “Se estava, então eu chutarei o traseiro dEle, porque não estou interessada em ‘seja feita a tua vontade’. Sendo mãe desta criança, eu quero a minha vontade e não a tua” (Foster’s Sunday Citizen, 15 de novembro de 1998).
Jó falou sobre pessoas assim, e como agimos muitas vezes, mesmo em pequenas situações cotidianas, cegos pelo egoísmo. Muitas vezes, em momentos prósperos, esquecemos que nossa própria respiração é um dom da graça que não merecemos (Deus não é “servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais”, Atos 17:25). 
Devemos vigiar para não descuidar em ter uma vida de gratidão contínua para com a paciência e a tolerância de Deus “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2:4). 
O prazer não é a norma da vida e o sofrimento é quando nos aproximamos mais do caráter que Deus deseja de nós e não uma ocasião para blasfêmias. 
Sendo sal e luz no mundo não devemos nos afastar em nenhum momento do Pai. Jó diz algo a respeito de pessoas que acreditam ser auto-suficientes e que não necessitam do Senhor: “São estes os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos. Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?” (Jó 21:14-15).
Vamos refletir um pouco sobre este trecho e chegar a grandes respostas: Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos?
Essa é uma pergunta excelente, dependendo do tom de voz. Eis uma parte da resposta.
• Ele é razão por que você chegou a existir: “Nele, foram criadas todas as coisas” (Colossenses 1:16).
• Ele é a razão por que você continua existindo: Ele sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1:3).
• Ele decide por que você existe e o faz cumprir os seus propósitos: “Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1:16).
• Ele governa todas as autoridades que parecem tão influentes na terra: “Jesus Cristo… o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1:5).
• Somente Ele tem autoridade para perdoar pecados: “Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? […] o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados” (Marcos 2:7,10).
• Opor-se a Deus é tolice em extremo: “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31).
• Amar a Deus e aproximar-se dEle é sabedoria plena: “Na tua [de Deus] presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmos 16:11). “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros” (Tiago 4:8).
Portanto, com regozijo e tremor, humilhemo-nos sob a poderosa mão de Deus. Sejamos espelhos de alegria divina e serenidade para o mundo. Lembremos sempre que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Salmos 30:5). 
Os caminhos de Deus podem até parecer, frequentemente, estranhos... Mas, quando esses caminhos tornarem-se estranhos para você, Jó é um exemplo melhor do que uma estrela de rock.

Extraído do livro Provai e Vede, de John Piper.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Evangelizadores Sal e Luz

As metáforas do sal e da luz são duas ilustrações frequentemente usadas na Bíblia para explicar como devem agir os cristãos. Em Mateus 5:13-16, encontramos a passagem mais famosa sobre o tema. Ali, Jesus convoca seus discipulos a deixar brilhar sua luz e a tornar suas vidas “salgadas”. Mas antes (Mt 5:1-12), Jesus apresentou as Bem-Aventuranças, com o objetivo de mostrar que há certas coisas que devem marcar os relacionamentos dos cristãos.

Mas o Senhor Jesus também se preocupa com os que ainda estão fora de sua família. Ele espera que os seus filhos tenham como argumento convincente e persuasivo aos que estão do lado de fora, uma vida verdadeiramente transformada. Por isso, ele apresenta as famosas metáforas do sal e da luz.

Quais são as qualidades do sal e da luz? O sal provoca sede, intensifica o sabor e conserva as coisas. Quem sabe Jesus tenha utilizado a metáfora do sal para simbolizar as três coisas ao mesmo tempo. O fato é que o sal traz benefícios. 
A luz ilumina lugares escuros e nos ajuda a enxergar a direção em que precisamos seguir. Elimina o medo e nos permite avançar com confiança. Os cristãos são chamados a ser uma luz neste mundo de trevas. Quando a luz de Jesus invade nossa vida, naturalmente ela se reflete no modo como vivemos e nos expressamos. Como portadores da luz divina, devemos fazer o possível para que nada impeça sua luz de brilhar em nossa volta.

Que semelhanças há entre o sal e a luz, e nosso papel como evangelizador neste mundo?
O chamado para que sejamos como luz e sal pode ser encontrado em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo, em Atos 1:8, Jesus está prestes a voltar ao Pai. Antes de partir, Ele olha seus discípulos e diz: “De hoje em diante, eu os nomeio minhas testemunhas. Quero que saiam com o poder consagrador do Espírito Santo e sejam testemunhas poderosas, ungidas pelo Espírito”. Ele queria que aqueles homens fossem uma grande influência para o mundo.

Em 2 Coríntios 5:18-19, Paulo nos diz que recebemos o desafio de ser ministros da reconciliação. Estamos tentando reconciliar pessoas com Deus, pela obra de Jesus na cruz. E devemos levar a sério essa responsabilidade. 
Em Mateus 28:19-20, Jesus envia seus discípulos aos quatro cantos da terra. Ele quer que todo cristão seja um porta-voz do Evangelho, conduza as pessoas à fé, sendo pescadores de homens. Em outras palavras, os cristãos devem ser o sal e a luz onde quer que estejam, ou seja, em todo lugar!

Esse modo de vida provoca sede nos outros. Da mesma forma, quando os cristãos são ousados e inovadores em seu testemunho de Cristo no mundo, eles temperam as coisas, não é mesmo? Eles acrescentam um pouco de “molho” em um mundo sem sabor, atrapalham os planos do mal cuidadosamente elaborados, fazem as pessoas pensarem e reconsiderarem seus valores e crenças.

Ao viver uma vida honrosa diante de Cristo, os crentes tendem a se contrapor à decadência moral na sociedade onde vivem. Como luz, iluminamos as coisas que tentam se esconder nas trevas. Somos ovelhas em meio aos lobos, irradiamos a luz de nosso Salvador para que as trevas comecem a se dissipar. 
Como cristãos devemos levar outros a Cristo através de nosso testemunho em vida. “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio” (Provérbios 11:30).

Existem muitas pessoas à sua volta, as quais podem ser positivamente influenciadas por seu modo de viver. Se você tem o firme propósito em ser sal e luz do mundo, Deus lhe auxilia a ser bênção na vida de alguém. E nem precisa ir muito longe, dentro da sua casa podem existir pessoas precisando de sua ajuda espiritual. Reflita um pouco, preocupe-se com seus irmãos, nada melhor do que a comunhão para conferir a vida o sabor e a iluminação necessária para crescermos na fé.


Fonte: Adaptado do site "Sou da Promessa" (http://www.soudapromessa.com.br)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sem mais casulos

Leitura bíblica: João 17


Versículo chave: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal
João 17:15


É verdade que nosso chamado tem a ver com a santidade (Porquanto está escrito: Sede santos, porque Eu Sou Santo - 1 Pedro 1:16), é verdade também que santidade significa separação. Deus nos chamou para uma separação, que fôssemos separados do mundo, chamados para sermos a "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido [...]" (1 Pedro 2:9). No entanto, perdemos uma coisa no meio do caminho, ou melhor, interpretamos errado uma vertente do nosso chamado. Nós fomos chamados para ser diferentes e assim fazermos a diferença no mundo, não para fugirmos dele! E de fato, estamos fugindo! Não há exageros nesta afirmação, não é a toa que Jesus nos exortou a cerca de sermos "luz do mundo", pois ele sabia que nós haveríamos de ser luzes que se escondem!

"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mateus 5:14-16

Entendemos errado o significado de santidade (separação) quando entendemos "separação" como divisão. Deus nos chamou, sim, para sermos separados (diferentes) do mundo, mas não para estarmos divididos com o mundo. É disto que estou falando quando digo que estamos fugindo. Ser diferente tem a ver com santidade, fazer a diferença requer santidade e presença. Mas acabamos por negligenciar a nossa presença no mundo quando achamos que, para ser santos, devemos nos retirar do mundo. Nós escondemos a nossa luz, nos dividimos com o mundo, estamos sempre tentando evitar as pessoas que não são da igreja, não nos misturamos. Não é, pois, por isso que somos criticados por ser todos arrogantes? Não é verdade que todos nós acabamos por nos comportar como verdadeiros fariseus quando nos recusamos a misturar-nos com os que chamamos de "infiéis"? Se olharmos a vida de Jesus, vamos ver que, este, não apenas conversava com as prostitutas, os ladrões e os gentios, mas também sentava-se à mesa para comer e beber com estes (assentar-se à mesa para comer e beber era um ato de intimidade nas culturas antigas). Jesus possuia santidade e presença. Por isso ele orou pelos discípulos dizendo: "Não peço que os tires do mundo [...]" João 17:15
Ora, Jesus não estava se escondendo, ele não escondia a sua luz, porque o faríamos? Por que estamos sempre nos refugiando a pequenas "panelinhas"? Por que nossa vida sempre está se movendo para o lado de dentro das zonas de conforto? Uma vez que fomos chamados: "Vão! Preguem o evangelho! Anunciem a salvação! Sejam Luz!". Por que temos medo de mostrar nossa luz? Criamos um verdadeiro casulo espiritual quando fazemos de tudo para não nos misturarmos com o mundo. 
Não nos enganemos, portanto, não somos do mundo mas estamos nele. Deus não nos chamou apenas para sermos diferentes, mas para fazermos a diferença. Nos chamou para ser santo e ser presença no mundo. Como faremos, então, se vivermos escondido em nossos casulos? Nossa luz deve ser posta em um lugar visível, independentemente de estarmos confortáveis ou não.  

terça-feira, 6 de março de 2012

Sal e luz em um mundo de revoluções.

“Vocês são o sal da terra… Vocês são a luz do mundo… Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” Mateus 5.13-16

Esse texto muitas vezes é citado como se fosse um mandato para a igreja se engajar em ativismo político – fazendo lobby, juntando eleitores, organizando protestos e mobilizando o movimento evangélico para a atividade política. Recentemente ouvi um líder evangélico bem conhecido dizer “precisamos fazer as nossas vozes ouvidas pela urna eleitoral, ou não seremos sal e luz como Jesus mandou”.

Essa visão é bem comum. Diga a frase “sal e luz”, e o evangélico típico vai começar a falar de política como se por instinto e/ou reflexo.

Mas olhe com atenção para a afirmação de Jesus dentro de seu contexto. Ele não estava organizando um boicote, protestou ou campanha política. Ele estava chamando seus discípulos para uma vida de santidade.

O discurso do sal-e-luz é o parágrafo decisivo da introdução de Jesus ao Sermão do Monte. Ele vem logo após as Bem-Aventuranças.  Jesus vinha propondo formalmente várias bênçãos para aspectos-chave de uma piedade autêntica.

O que é mais notável nas Bem-Aventuranças é que as qualidades que Jesus abençoa não são os mesmos atributos que o mundo normalmente considera dignos de louvor. O mundo glorifica o poder e o domínio, a força física, o status e a classe. Por outro lado, Jesus abençoa a humildade, o pacifismo, a misericórdia, o choro, a pureza de coração e até mesmo a perseguição por causa da justiça. Coletivamente, essas qualidades estão no extremo oposto do poder político e partidário.

Em outras palavras, Jesus abençoou as pessoas que estavam dispostas a serem oprimidas e desprovidas por causa da justiça – pacificadores, não protestantes; pobres de espírito, não orgulhosos; pessoas que são perseguidas, não os ambiciosos e pomposos.

Isso é consistente com o ensinamento de Jesus por todo o Novo Testamento. Ele disse:

Jesus os chamou e disse: “Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Mateus 20.25-28

Note, mais ainda, que as afirmativas “Vocês são o sal da terra” e “Vocês são a luz do mundo” são afirmações de fatos, não imperativos. Ele não nos ordena que sejamos sal; Ele diz que somos sal e nos alerta contra a perda do sabor. Ele não nos ordena que sejamos luz; Ele diz que nós somos luz e nos proíbe de nos escondermos.

Jesus estava dizendo que uma sociedade corrupta e manchada pelo pecado é abençoada e influenciada para o bem pela presença da igreja quando os crentes são servos fiéis de seu Mestre. A chave para entender o que Jesus queria dizer é o verso 16: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”. A santidade pessoal, não o domínio político, é o que leva os homens a glorificarem nosso Pai que está no céu.

O sal tem muitas propriedades. Talvez a mais importante delas seja o de agir como conservante. A carne crua pode ser curada e preservada com o sal. Cristãos em meio ao mal e à sociedade decaída têm um efeito conservante e purificador semelhante. Deus disse a Abraão que preservaria Sodoma do julgamento se houvesse apenas dez justos lá – um pouco de sal – no meio deles.

O sal também é anti-séptico, e pode ser usado no tratamento de ferimentos. Água salgada é um bom remédio – apesar de dolorido – para bolhas e calos abertos. Pode ser que haja um pouco dessa ideia também, na metáfora de Jesus. A presença dos crentes no mundo aflige a consciência dos incrédulos porque é um doloroso lembrete de que Deus requer santidade e que o salário do pecado é a morte.

Mas o sal também dá sabor à comida, e causa sede – e eu acredito que essa é a principal ideia que Jesus tinha em mente quando usou essa metáfora, por ele fala do “sabor”. Lembre-se, Jesus havia acabado de abençoar aquele que “têm fome e sede de justiça” (v. 6), e essa figura sugere que a presença de pessoas genuinamente piedosas na sociedade terá um efeito natural de estimular o apetite por Deus e a sede de justiça.

A presença de pessoas genuinamente piedosas na sociedade terá um efeito natural de estimular o apetite por Deus
 
A luz, é claro, simultaneamente, afasta as trevas e ilumina o que estiver ao seu alcance. Quando deixamos corretamente nossa luz brilhar sobre os outros, eles vêem nossas boas obras e glorificam a Deus.

Então isso não tem a ver com poder político. Não tem a ver com organizar protestos contra a impiedade. Não é sobre como podemos fazer a sociedade mais justa através da legislação. Tem a ver com nosso viver. Tem a ver com demonstrar os mesmos traços que Jesus abençoou nas Bem-Aventuranças. É assim que deixamos nossa luz brilhar, e é assim que salgamos uma sociedade outrora apodrecida e sem gosto.

de iprodigo http://iprodigo.com/traducoes/sal-da-terra.html

domingo, 4 de março de 2012

Jesus, o nosso maior exemplo


 “Propôs-lhes também uma parábola: Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco? Lucas 6:39

A quem estamos nos comparando?

Quando foi que deixamos de olhar para Deus e olhar quem está a nossa volta? É típico olharmos quem está a nossa volta, mas esquecemos que o nosso maior exemplo (Deus) sempre estará na nossa frente.
Em (Jo 13, 15) Deus nos mostra que deixou seu próprio exemplo para que nós o façamos também, mas é isso que temos feito?

Muitas vezes a nossa busca deixa de ser a obediência a Deus porque nos deixamos encontrar em uma situação de comodidade, pois, ao comparar nossa vida a do próximo, acreditamos que estamos “melhores”. Mas e se compararmos aos padrões de Deus? Essa é a única forma de entender que precisamos buscar Deus a cada dia, para assim, então, poder estar mais perto de ser semelhante a ele.

Jesus enquanto em terra disse que se tivermos que nos comparar com alguém, que fosse com ele, o Filho  de Deus.''Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste''.João 17:21. O Cordeiro santo, que veio como exemplo para que nós o seguíssemos, que amou aos que o odiavam, abençoou  os que o amaldiçoaram, aos que os crucificaram, clamou pelas suas vidas para que fossem perdoados. Quem é esse homem que mesmo morrendo se preocupa com os filhos, perdoa os ladrões. Esse Homem é Jesus, um exemplo a seguir.