Versículo chave:
Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão.
(Fp. 3:13)
Você já deve ter ouvido a frase popular "quem vive de passado é museu".
Porém, por que ainda insistimos em viver o passado? Ficamos relembrando momentos felizes e, principalmente, os tristes, remoendo-nos nas mágoas e arrependendo-nos por termos tomado atitudes erradas. Gostaríamos de voltar ao passado e corrigir, mas isso não é possível. Os mais filosóficos preferem dizer: "Não me arrependo de nada do que fiz". É, o orgulho não os permite.
Na realidade, o importante na caminhada rumo ao Alvo, não é onde você esteve, mas para onde você se dirige. Ninguém pode se lançar às esperanças e conquistas do futuro, se viver no passado. Paulo, ao escrever a carta aos Filipenses do post de segunda-feira, estava determinado a não deixar seu passado impedir o seu futuro.
Paulo tinha coisas das quais queria esquecer?
Muitas. Lembre-se que antes que ele se tornasse um crente, um apóstolo, ele foi um assassino; ele foi um blasfemador; ele foi um perseguidor da igreja; ele tinha que esquecer as dores do passado; ele sofreu muito, foi combatido, perseguido, naufragado, deserdado pela família, preso, caluniado...
A verdade é que todos nós temos capítulos de nossas vidas que desejamos reescrever. Um psicólogo americano, Dr. Harold Bloomfield, afirma em um artigo científico, que a dor emocional não resolvida pode chegar mesmo a causar várias doenças: “Devemos fazer as pazes com nosso passado porque nossa vida pode literalmente depender disso”.
E como é difícil vivermos somente o presente, não é? Mas este é o desejo de Deus. Ele não quer que vivamos remoendo o passado, Ele deseja que vivamos o presente. Quando Jesus ensinou os discípulos a orar, Ele disse "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje" (Mt 6:11). Isto é, Jesus nos ensinou a viver o hoje.
Como então fazer isso? Para superar o passado, você precisa em primeiro lugar olhar para ele de um modo diferente. Reajuste-o. Pergunte: “De que maneira ele me tornou mais forte? O que sei agora que não sabia antes?”
Tire o foco do que você perdeu, veja tudo o que você cresceu, tudo o que ganhou em consequência dos fatos. Em segundo lugar, entenda a diferença entre culpa e vergonha.
Culpa é sentir-se mal pelo que fez, é um sentimento que devemos trabalhar, e a cura para ele vem através de uma das coisas mais bonitas na vida cristã, o perdão. A vergonha é sentir-se mal pelo que você é, e este é um sentimento debilitante, pois nos leva a lutar contra nós mesmos.
Todos temos algo que desejamos mudar em nós, mas lembre-se, quando Deus nos criou, Ele disse que: “...era muito bom...” (Gn 1:31), portanto comece a se ver como Ele o vê. Isso não quer dizer que você não deva buscar melhorar sempre, mas sim que você deva parar de se punir com os “...e se”. Depois de tropeçar feio e ser levantado por Deus, Davi escreveu: “Feliz é a pessoa cujos pecados são perdoados... a quem o Senhor não considera culpado...” (Sl 32:1-2).
Portanto, ao lembrar de erros do passado pelos quais você se arrepende, perdoe-se. Deus já perdoou você.
Ele vê você através da cruz, portanto, você é “aceito” (Ef 1:6).
Finalmente você passará da dor ao ganho. A cura pode levar tempo, mas não se deixe dominar neste processo pela ira, pelo medo ou pela tristeza. Elas fazem parte do processo, não há como negar, mas não as adote, não dê a mão para elas, saiba que a todo momento, com o Senhor, você pode seguir em frente, rumo ao Alvo.
Confie que o futuro que Deus tem em mente para você contém muito mais felicidade do que qualquer passado que você possa lembrar, basta não perder seus objetivos para com o Senhor de vista. Rumo ao Alvo, você terá que limpar a gaveta do seu passado e deixar de ser influenciado ou controlado por falhas passadas se quiser prosseguir com Deus.
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