Leitura bíblica:
2 Samuel 11
Verísculo chave:
"E aconteceu que, tendo decorrido um ano, no tempo em que os reis saem à guerra, enviou Davi a Joabe, e com ele os seus servos, e a todo o Israel; e eles destruíram os filhos de Amom, e cercaram a Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém."
2 Samuel 11:1
Quando a Bíblia descreve a ocasião do pecado de Davi, do adultério e depois de assassinato, diz de modo revelador: "Na primevara, no tempo em que os reis saem para guerrear, Davi enviou a Joabe..." Relaxado quando devia estar no trabalho, inativo quando devia estar armado. Davi estava mais que aberto à tentação. A palavra de Deus não relata o porquê dessa atitude de Davi, mas quase que podemos imaginar o coração de Davi dizendo: "Deus é comigo, então não preciso trabalhar, não preciso sair à guerra, mandarei Joabe"
A preguiça, o quarto dos sete pecados mortais, hoje é o mais mal entendido de todos. Isso parece soar uma ironia porque, se compreendermos corretamente este pecado, veremos que é um pecado característico da modernidade. Hoje a preguiça é interpretada somente como um estado físico de inatividade, entendemos que a preguiça é simplesmente aquele "ficar sem fazer nada", um estado de lazer despreocupado. Os medievais chamavam-o de "o demônio do meio dia" se referindo à preguiça como aquela vagareza de espírito, sentimento e mente que acabava vencendo o corpo após um almoço exagerado. Se tão somente a preguiça fosse isto, ela não seria qualificada na categoria dos sete pecados mortais. O pecado da preguiça não se pode ser interpretado sobre a superficialidade dos aspectos físicos, pois ela tem raíz espiritual. É uma condição de desalento explicitamente espiritual que desistiu da procura de Deus, do verdadeiro, do bom e do belo. A preguiça é o desespero interior pela falta de valor daquilo que vale à pena, depois de assumir uma atitude de "Quem se importa?". A preguiça distorce a nossa visão em relação à vida, passamos a enxergar que nada na vida faz sentido. E é justamente essa "falta de sentido e propósito" que impede qualquer atitude de mudança em nosso caráter e no amadurecimento da nossa vida espiritual.
"O pecado que não acredita em nada, não se importa por nada, nada procura saber, em nada interfere, em nada tem prazer, nada ama, nada odeia, em nada encontra propósito, vive por nada e só permanece vivo porque não há nada pelo qual estaria disposto a morrer" Conhecemos demasiadamente essa preguiça no século vinte "talvez a unica coisa que não saibamos sobre ela é que é um pecado mortal" - Dorothy Sayers
Este pecado, muitas vezes, tem sido a causa do nosso comodismo e o motivo pelo qual não vemos a mudança ao nosso redor e em nós. Nós caimos na tentação de pensar que algo não tem valor o suficiente para nos motivar a agir. Caimos no erro de considerar aquele problema como "pequeno demais", classificamos alguns dos nossos defeitos e pecados como "inofensivos". Ficamos com preguiça de mudar a nós, mudar as circunstâncias ao redor, mudar a nossa situação com aquele irmão. Caimos no erro de pensar: "Quem se importa?".
Que isso fique bem claro: Deus se importa. Ele se importa com seu pecado. Ele não quer ver você espiritualmente vagaroso.
O chamado de Deus nos desperta, nos sacode e nos mantém acordados. Contra a tentação mais lenta de perguntar: "Quem se importa?", o chamado é uma motivação suprema, o "por quê?" máximo.
Não existe bocejo em resposta ao chamado de Deus
Este post foi inspirado no capítulo 17 "Combatendo o demônio do meio dia" do livro O Chamado de Os Guiness
gostei muito da mensagem é muito verdadeiro tudo que acabei de ler é uma autoa-ajuda
ResponderExcluirgostei muito da mensagem é muito verdadeiro tudo que acabei de ler é uma autoa-ajuda
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